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Sob as estrelas

 Sentei-me sob as estrelas Um céu lindo me cobria E, imersa naquele brilho, Vieram-me seus olhos O brilho doce e inocente De alguém que vive em plena intensidade  A lua minguando, fininha Lembrou-me seu largo sorriso Com que me brindava  A cada vez nos víamos Um frente ao outro Pensei no seu terno abraço Tão doce, tão quente, tão inteiro Que me acendia Um mundo todo inteiro De possibilidades, vontades, desejos Ali me perdi nas lembranças Que minha imaginação construira Na realidade Nada além de sonhos Apenas a audácia de querer-te

Em negação

  Havia um ar de menino Ao mesmo tempo Nas entrelinhas A maturidade de um velho sábio A languidez de olhares A doçura dos sorrisos Traziam mistério, magia Encantador E nesse encanto Sentiu estremecerem seus muros Palavras perdidas na cabeça Davam mil voltas Mas não saltavam dos lábios O pensamento girava “Meu Deus para que?” Em resposta apenas silêncio Horas de ideias revolvidas  Coração num balanço inusitado Sentia-se arrastar Num rumo desconhecido. Mas a razão,  Essa ensandecida Trazia nas mãos as rédeas Tentando domar as emoções A selvageria das ideias Que galopavam pela mente Para enfim perguntar-se novamente “Meu Deus para que?”

Para quando o Amor chegar

            A vida nos leva por tantos descaminhos que muitas vezes nos perdemos em nós mesmos. Nem todos tem a sorte de encontrar o amor em plenitude cedo na vida. A maioria de nós, meros mortais, somos marcados por inúmeros episódios de tentativa e erro quando o assunto é o famigerado amor.          Preste atenção que eu usei a palavra "marcados"... Isso porque é o que realmente ocorre "o amor deixa marcas que não dá pra apagar". E como o ser humano é muitas vezes reativo e precisa ter um instinto de sobrevivência, essas marcas vão nos levando a criar medos, barreiras, mecanismos de defesa, e aí, meus caros, haja terapia pra desintrincheirar.          Há por aí quem diga que se fere, não é amor. Mas quem sabe só de olhar que é amor? Como saber que vai doer antes da dor chegar? Nesses assuntos somos verdadeiros ilusionistas, vivemos de criar situações e ideias que ninguém é capaz de enxergar além de nós mesmos... Quando nos damos conta, a dor já está esmurrando a p

OCULTA SINTONIA

  EM BRASA ERA ASSIM QUE ELA SE VIA A CASCA FRIA ALMA LÚCIDA, QUASE SOMBRIA MAS POR DENTRO... POR DENTRO ELA FERVIA. ERA SIM AMOR, DÚVIDA NÃO HAVIA IMENSURÁVEL COM CERTEZA. MAS DE QUE NATUREZA? ISSO ELA NÃO SABIA EM SUA MENTE PERDIDA ERA FORTE, AVASSALADOR PAIXÃO POTENTE, INTENSA MATAVA SUAS TRISTEZAS CAUSAVA FORTE RUBOR SENTI-LO LHE TRAZIA ALEGRIA, ESPERANÇA, COMPANHIA MAS ELE NÃO SABIA SEQUER NOÇÃO TINHA DOS EFEITOS QUE FAZIA OS ÂNIMOS FRÁGEIS MUDAVAM POR UM PURO E DOCE "BOM DIA" SE PERTO O TINHA A LEVEZA ERA SUA MORADIA ERA SONHO, DEVANEIO, UTOPIA QUE AQUELE CORAÇÃO CALAVA, EMUDECIA E AQUELE MAR ARDENTE QUE NELA FERVIA ELE NÃO SONHARA SABER E JAMAIS CONHECERIA.

POÉTICA CAPRICORNIANA

Não sou poeta, nem quero ser.  Mas como poesia não é só verso,  resolvi me aventurar nessa poética capricorniana. A mulher de coração firme, aquela que sabe bem o quer  - ainda que nem sempre corra atrás.  Tenho a arte de ser o que eu quero  e parecer muito fácil de ler. Mas o que você vê não é nem a metade  de tudo aquilo que eu tenho a dizer. Há quem diga que somos de gelo,  mas gelo é brasa forte e queima tal qual fogo. O que não se vê é que não temos tempo a perder. Dos joguinhos eu quero é distância. Em cima do muro comigo não rola. Se tu não sabe o que quer, eu decido. Tchau e bença, parceiro! Já tá esquecido. Povo acha que tá me lendo bem.  Ledo engano, nem sabe o que vem  Até tomar o primeiro choque...  Aí vai saber o tamanho que tem Certas coisas não tolero.  Duas chances pra poucos no máximo. Só vai me magoar uma vez... Mesmo doendo, mudo o rumo e parto. Se eu sair do jogo... Já era, perdeu. Meu orgulho não permite voltar atrás. Mas como não sou de impulsos,  me arrependo pou

OUTROS RUMOS

       

SOBRE RELACIONAMENTOS E PORTAS ABERTAS

          A arte de viver bem fala sempre um pouco sobre que portas devemos abrir, que portas devemos fechar, em que portas devemos bater.           Mas o mais difícil de tudo é ter o discernimento sobre quando devemos fechar portas que estavam abertas; quando não devemos fechar nossas portas para alguém, enquanto esperamos a chegada de outro alguém por outra porta...          Parece confuso (realmente é), mas nossa vida se resume a escolha de caminhos pelos quais devemos ou não seguir.         Quantas vezes nos vemos diante de situações em que nos vemos insistindo em pessoas ou coisas que visivelmente não parecem estar na mesma vibe? Quantas vezes barramos pessoas em nosso caminho, esperando aquela pessoa perfeita (que não existe) que não virá nunca? Quantas vezes temos pessoas maravilhosas esmurrando a nossa porta e por medo (ou sabe lá Deus a razão) não as deixamos entrar?          O fato é que precisamos aprender a selecionar melhor nossas oportunidades. É preciso entender